A flor do deserto.

Há uma flor, do nome que não me lembro;
Que vive em terras secas, quase morrendo ela insiste;
O vento quente a deixa morrendo;
Mas é uma bela flor, uma flor que persiste.

Que flor corajosa;
Em terras que não há mais vida;
Há uma bela flor formosa;
Em terras já sem vida.

Persiste com sua própria vida;
Mesmo em uma terra desolada;
Com o sol e suas manias bandidas;
A flor tem sua vida assaltada.

Que flor corajosa;
Em terras que não há vida;
Há uma bela flor formosa;
Em terras já sem vida.

Mas quando vem a chuva que molha a terra;
A flor solitária tem sua vitalidade restaurada;
Como a presença de uma criança que berra;
Há sinal de vida, das suas pétalas lavadas.

E que flor corajosa;
Em terras que não há vida;
Há uma bela flor formosa;
Em terras já sem vida.

Lembrei do nome da flor que persiste;
Em terras abandonadas...
A flor que sempre na vida insiste;
Se chama esperança, a flor do deserto, a flor que sempre insiste.